segunda-feira, 20 de abril de 2015

ENTENDENDO A QUIMICA DA HIDROPONIA

Elementos Essenciais

Diversos elementos químicos são indispensáveis para o crescimento e produção das plantas, num total de dezesseis elementos, sendo eles:


Carbono
C
Magnésio
Mg
Hidrogênio
H
Manganês
Mn
Oxigênio
O
Ferro
Fe
Nitrogênio
N
Zinco
Zn
Fósforo
P
Boro
B
Potássio
K
Cobre
Cu
Enxofre
S
Molibdênio
Mo
Cálcio
Ca
Cloro
Cl

Segundo Alberoni (1998), entre os elementos citados, existe uma divisão, conforme sua origem:
·        Orgânicos: C, H, O
·        Minerais:
-         macronutrientes: N, P, K, Ca, Mg, S;
-         micronutrientes: Mn, Fe, B, Zn, Cu, Mo, Cl.

Essa divisão, entre macro e micro, leva em consideração a quantidade que a planta exige de cada nutriente para o seu ciclo.

Tabela 01 – Funções dos nutrientes de plantas

Nutrientes
Funções
Nitrogênio
Participa das proteínas, ácidos nucleicos e das clorofilas; é ligado à formação de folhas.
Fósforo
Participa dos nucleotídeos, ácidos nucléicos e de membranas vegetais. Interfere no metabolismo das plantas como fonte de energia. É importante para o enraizamento, floração e frutificação.
Potássio
Ativador enzimático, atua na fotossíntese (formação de açúcares). Translocação de açúcares nas plantas, influencia na economia de água e na resistência ao acamamento, a pragas, a doenças, ao frio e à seca.
Cálcio
Constituinte da parede celular, ajuda na divisão celular, atua como ativador enzimático.
Magnésio
Integra a molécula da clorofila, é ativador enzimático e aumenta a absorção de Fósforo.
Enxofre
Constituinte das proteínas e clorofila, de vitaminas e óleos essenciais, importante para fixação de Nitrogênio.
Boro
Participa do processo de síntese do ácido indolacético (hormônio vegetal), dos ácidos pécticos (parede celular), dos ácidos ribonucleicos, das proteínas e do transporte de açúcar nas plantas.
Cloro
Participa do processo fotossintético.
Cobre
É ativador enzimático; influencia na respiração, na fotossíntese e no processo de fixação nitrogenada.
Ferro
Ativador enzimático; importante na síntese da clorofila e dos citocromos, influencia a respiração, fotossíntese e fixação do Nitrogênio.
Manganês
Ativador enzimático e participa da fotossíntese e da respiração (como ativador enzimático).
Níquel
Ativador da encima urease (que faz a hidrólise da uréia nas plantas).
Molibdênio
Influencia no processo da redução de Nitrato no interior das plantas e da fixação do Nitrogênio por leguminosas.
Zinco
Ativador enzimático, síntese do ácido indolacético.


 Tabela 02 –  Sintomas visuais gerais de deficiência nutricional em vegetais (adaptado de MALAVOLTA, 1980)



1          – Sintomas iniciais em folhas mais velhas.

1.1    – Com verde clara (esmaecida) na folha, abrangendo nervuras e limbo. Com a evolução da carência passa a clorose seguido de seca e queda das folhas.
........................................................................................................ NITROGÊNIO
1.2    – Inicialmente diminuição do crescimento da planta, desenvolvimento de cor verde escura, seguida de manchas pardas, pardo amareladas, pardo avermelhadas. Porte reduzido, pouco enraizamento .............................................................. FÓSFORO
1.3    – Clorose em margens e pontas das folhas que, com o progresso da deficiência, evolui para queimadura; atingindo toda a folha ................................... POTÁSSIO
1.4    – Clorose interneval mantendo-se as nervuras verdes ..........................   MAGNÉSIO

2          – Sintomas iniciais em folhas mais novas.

2.1 – Morte de pontas de crescimento, internódios curtos, superbrotamento (tufos de folhas), folhas deformadas e pequenas ......................................................... BORO
2.2 -  Folhas flácidas, por vezes gigantes, clorose reticulada................................. COBRE
2.3 – Clorose interneval com reticulado fino, evoluindo para folha toda amarela ..................................................................................................................... FERRO
2.4 –  Clorose interneval com reticulado grosso ......................................... MANGANÊS
2.5 – Folhas pequenas, internódios curtos e superbrotamento e, por vezes, clorose .....................................................................................................................  ZINCO
2.6 – Folhas deformadas, com morte de pontos de crescimento e clorose nas pontas ..................................................................................................................  CÁLCIO
2.7 – Cor verde clara na folha. Clorose generalizada ......................................  ENXOFRE

3 – Sintomas iniciais em folhas recém-maduras ou folhas mais novas.

3.1 – Amarelecimento em manchas ou generalizadas, folhas deformadas por má formação no limbo ..........................................................................................  MOLIBDÊNIO

4– Sintomas iniciais em folha s mais velhas ou mais novas.

4.1 – Murcha, clorose e bronzeamento das folhas ................................................ CLORO



 Tabela 03 – Sintomas visuais gerais de excesso de nutrientes em vegetais(adaptado de MALAVOLTA et. al., (1989)

Nutrientes
Funções
Nitrogênio
Em geral, não-identificados. Atraso e redução de floração e frutificação e acamamento.
Fósforo
Indução de deficiência de Cobre, Ferro, Manganês e Zinco.
Potássio
Indução de deficiência de Cálcio e/ou Magnésio provavelmente.
Cálcio
Indução de deficiência de Magnésio e/ou Potássio provavelmente.
Magnésio
Indução de deficiência de Potássio e/ou Cálcio provavelmente.
Enxofre
Clorose interneval em algumas espécies.
Boro
Clorose reticulada e queima das margens das folhas de ápice para a base.
Cloro
Necrose das pontas e margens, amarelecimento e queda das folhas.
Cobre
Manchas aquosas e depois necróticas nas folhas. Amarelecimento das folhas, da base para o ápice, seguindo a nervura central.
Ferro
Manchas necróticas nas folhas, manchas amarelo-parda.
Manganês
Deficiência de Ferro induzida, depois manchas necróticas ao longo do tecido condutor.
Molibdênio
Manchas amarelas globulares do ápice da planta.
Zinco
Indução de carência de Fósforo e ou Zinco.

7.3 Solução Nutritiva

Na hidroponia todos os nutrientes são oferecidos às plantas na forma de solução. Esta solução é preparada com sais fertilizantes. Existem vários sais que fornecem os mesmos nutrientes para as plantas, deve-se optar por aqueles fáceis de dissolver em água, baixo custo e facilmente encontrados no mercado. As tabelas 04 e 05 apresentam alguns dos sais mais usados em hidroponia, sob a forma de macro e micronutrientes.

Tabela 04     –   Composição de alguns adubos empregados em hidroponia (Macronutrientes)

 

Adubos


%N

%P

%K

%Ca

%Mg

%S

Nitrato de Potássio
14
-
36,5
-
-
-
Nitrato de Sódio e Potássio
-
-
-
-
-
-
(Salitre do Chile Potássio)
13
-
11,6
-
-
-
Nitrato de Amônio
34
-
-
-
-
-
Nitrato de Cálcio
15
-
-
20
-
-
Nitrocálcio
22
-
-
7
-
-
Fosfato Monoamônio (MAP)
10
21,1
-
-
-
-
Fosfato Diamônio (DAP)
18
20,2
-
-
-
-
Uréia
45
-
-
-
-
-
Sulfato de Amônio
20
-
-
-
-
24
Superfosfato Simples
-
8,8
-
20,2
-
12
Superfosfato Triplo
-
19,8
-
13,0
-
-
Fosfato de Potássio
-
24
31
-
-
-
Cloreto de Potássio
-
-
49,8
-
-
-
Sulfato de Potássio
-
-
41,5
-
-
17
Sulfato de Potássio e Magnésio
-
-
16,6
-
11
22
Sulfato de Magnésio
-
-
-
-
9,5
13
Fonte: Malavolta (1989) apud Teixeira (1996).          




domingo, 19 de abril de 2015

VIDEO DA MINHA HORTA




VIDEO DA MINHA HORTA COM 40 DIAS

FOTOS DA MINHA HORTA EM CASA

                                            alface roxa crespa 40 dias
                                          alface crespa 40 dias
                                          cebolinha 40 dias
                                          tomate cereja 40 dias inicio de florada
                                          primeiros botões

                                          agriao folha larga 15 dias
                                             talo de agriao esperiencia desta semana
                                                 agriao muito lindo
                                            agriao na terra vamos ver como vem
                                            a horta

sábado, 18 de abril de 2015

tabela para solução hidroponica


Instruções
  1. Existem várias alternativas de plantio de plantas sob o sistema hidropônico, inclusivamente um kit de hidroponia caseiro pronto a usar. Neste artigo vamos ensinar-lhe como construir um sistema hidropônico semelhante ao da imagem ao lado, chamado de NFT, simples e indicado para o plantio de alface, morango ou tomates.
    Imagem: quiosquedasideias.com
  2. Você pode facilmente colocá-lo no jardim, numa estufa pequena, afixado na parede ou até numa sacada. Para isso, reúna os materiais que constam da lista no final neste artigo e coloque mãos à obra seguindo os passos que indicamos em seguida!
  3. Abra pequenos orifícios no tubo de PVC, alinhados e afastados em 15 cm uns dos outros. Neles você irá colocar sua planta em crescimento.
    Imagem: brazucadekimono.blogspot.pt
  4. Prenda o tubo à parede ou fixe-o em uma estrutura instalada no chão, como a da imagem ao lado. É importante que haja um pequeno desnível no ou nos tubos, de forma a que a água circule. Tampe as extremidades dos tubos com a respetiva tampa.
    Imagem: sc.bomnegocio.com
  5. Coloque a bomba no reservatório de água e conecte a ela a mangueira, que irá servir de tubulação de transporte da solução nutritiva das plantas. Em seguida, abra um orifício na tampa dos tubos para introduzir nela a outra ponta da mangueira. Ligue também o temporizador/timer para controlar a frequência com que o fluido irá circular, se bem que este passo é opcional.
    Imagem: tudohidroponia.net
  6. Na outra extremidade do tubo de PVC, que deverá estar mais abaixo que a anterior, coloque uma segunda mangueira. Essa mangueira irá conduzir a solução novamente até ao reservatório. Apesar de no esquema ao lado a bomba de água se encontrar fora do reservatório, você pode guiar-se por ele para perceber o funcionamento deste sistema de hidroponia NFT.
    Imagem: urveg.blogspot.pt
  7. Em seguida é o momento de colocar as plantas nos orifícios do tubo! Elas já deverão estar parcialmente desenvolvidas, ou seja, com raízes e algumas folhas, e devem ser inseridas em um recipiente que encaixe bem no orifício, como um copo de plástico esburacado. De forma a que se mantenham direitas, envolva-as em espuma, algodão ou coloque terra no copo.
    Imagem: hydroenv.com.mx
  8. Coloque a solução nutritiva no recipiente e ligue a bomba de água para que o seu sistema comece a funcionar. Pode adquirir a solução específica para o tipo de planta que pretende cultivar em uma loja de agricultura. Agora é só esperar pacientemente para que suas plantas se desenvolvam! No caso das alfaces, você poderá ir colhendo as folhas e manter no sistema o caule a raiz, de forma a não ser necessário repetir o plantio.
    Imagem: blog.institutobrookfield.org.br
  9. Se deseja ler mais artigos parecidos a como fazer hidroponia em casa, recomendamos que entre na nossa categoria de Os Legumes ou que se inscreva no nosso boletim de novidades.
Necessita
  • Um ou mais tubos de PVC de 75 mm
  • 2 tampas para cada tubo (serão usadas para fechar as extremidades deles)
  • 2 mangueiras de 20 mm para cada tubo
  • Bomba de água com vazão de 100 l/h
  • Temporizador/timer para a bomba de água (opcional)
  • Recipiente que servirá como reservatório de água
  • Copo de plástico e materiais de enchimento (terra, argila expandida, espuma...)


historia da hidroponia

História da Hidroponia

alface hidroponiaA palavra hidroponia é originaria de dois radicais gregos: hidro, que significa água eponos, que significa trabalho.
O cultivo hidropônico é bastante antigo, contudo, somente na de 30 surgiram avanços realmente significativos da hidroponia. Esses avanços se devem ao professor W. F. Gericke da Universidade da Califórnia, que desenvolveu um sistema hidropônico que pudesse ser usado em escala comercial.

Curiosamente, a primeira produção de alimentos hidropônicos em grande volume ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial. Sendo que o exercido dos Estados Unidos estabeleceu um sistema de hidroponia por inundação e drenagem em várias ilhas áridas dos Oceanos Pacífico e Atlântico. Ainda, foi criada em Chofu no Japão, uma unidade com mais de 22 hectares de hortaliças hidropônicas para alimentar o exército. Entretanto, o uso da hidroponia em circunstâncias normais ainda não era economicamente viável. Após a guerra, em todo mundo não havia mais de 10 hectares com cultivo hidropônico.
Este cenário começou a mudar durante a década de 60. Isso porque o Canadá, grande produtor de tomates em estufa, começou a ter problemas com o cultivo devido a alta incidência e severidade de doenças provenientes do solo. Então, a solução foi evitar o uso do solo, empregando o cultivo em hidroponia. Com isso, no decorrer dos próximos anos aumentaram os estudos científicos e investimentos financeiros com o objetivo de aprimorar o cultivo hidropônico.
O próximo passo da evolução da hidroponia aconteceu devido a crise e aumento do preço do petróleo na década de 70. O custo do combustível tinha influência direta sobre os ganhos dos produtores pois eles usavam calefação nas suas estufas. Com isso, mais pesquisas foram direcionadas ao campo da hidroponia, visando a diminuição dos cultos de produção. No final dos anos 70 a hidroponia estava em expansão, mas contava com apenas cerca de 300 hectares em todo mundo.
Talvez o maior avanço tenha ocorrido a partir de um acontecido na Holanda na década de 1980. Com o uso contínuo durante muitos anos de adubação e agrotóxicos diretamente no solo nas estufas de cultivo houve contaminação das águas subterrâneas nesse país. Culminando com a proibição do uso dessas técnicas. Então, para evitar a contaminação do solo e da água a hidroponia se consolidou como uma técnica de cultivo viável. A técnica de hidroponia mais utilizada foi lã de rocha alimentada por regas por gotejamento.
Com o sucesso dos cultivos hidropônicos na Holanda, houve uma rápida e expansão nos cultivos hidropônicos em vários países ao redor do mundo. No final da década de 80 a área mundial sob cultivada em hidroponia já ultrapassava os 6000 hectares.
Atualmente a hidroponia continua em expansão, evidentemente, com uma taxa de crescimento menor do que a vista entre as décadas de 60 e 80.
A hidroponia no Brasil entrou em expansão no início da década de 90, em São Paulo. Hoje é bastante difundida principalmente próximo a grandes centros urbanos . Além da finalidade comercial, o cultivo hidropônico tem sido utilizado como lazer e também com objetivos terapêuticos por algumas instituições.
Fonte da imagem: pt.dreamstime.com
Fonte do texto: FURLANI, P.R.; SILVEIRA, L.C.P.; BOLONHEZI, D.; FAQUIN, V.  Cultivo hidropônico de plantas. Campinas: Instituto Agronômico, 1999. 5p. (Boletim técnico, 180).